Sem nada, nem mundo.
Começa a vir as memórias do Ser
vestigios que um dia ousou viver
os sons então nascem no seu coração
de dentro até fora, começa audição
os olhos apertam, inicia a visão
a dor de cabeça, da luz na manhã entrar
percebes e sentes teu corpo acordar
desgosta, no frio, e queres voltar
Agora saiu, não há mais salvação
outro dia inicia, com dois pés no chão
outrora macia, sacia, a vontade
da unha na pele rasgando o espaço
dormindo não sentes, nada na verdade
a coceira se torna um passado selvagem
percebes que o dia nunca vai nascer
mas não importa, nada importa, no sonho do Ser.
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